terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Papéis também escrevem...

Sobre o papel.

É um branco calmo, quase o vejo com um tom rosa velho, - para os mais entendidos de texturas isso se torna fácil de visionar – sem falar em suas turvas bordas. Ah, suas bordas me chamam atenção, fazendo-se assim sedutoras para minha caneta e minha arte ainda não introduzida na mesma. Gosto de visionar suas dobras e suas texturas em meus leves e acelerados rabiscos, [...]gosto do de visionar os cheiros desse papel tão suavemente sentidos em encontros passados. Entendo o quanto é valido salientar o lugar cuja folha deve ser posta, mas tenho também convicção de que minha imaginação poderia levar-la a um ótimo clímax. Espero por agora só uma afirmativa do papel, um consentimento para o pobre escritor que só quer fazer-lhe uns escritos, [...] um escritor que só quer levar-lhe a sua própria natureza. Com um bico delicado, uma mão cuidadosa e um cano firme – para não deslizar -, uma tinta de sabores inimagináveis e afins. Esse escritor que agora segura firme este cano pode dizer pronto para borrifar sua tinta nesse nobre papel. Quanto então terá esse consentimento? [...]
Oh, nobre papel, pediria que o escritor introduza adentro, com sua boa imaginação, sua até firme caneta.

Por Jr.

Um comentário:

Phelippe R. disse...

Esse menino tem talento. E precisa ser urgentemente moldado! hehe