sábado, 27 de setembro de 2008

Relógio

Tic...
Nasci
Tac...
Mamei
Tic...
Andei
Tac...
Sorri
Tic...
Chorei
Tac...
Cai
Tic...
Levantei
Tac...
Criei
Tic...
Destrui
Tac...
Aprendi
Tic...
Ignorei
Tac...
Beijei
Tic...
Abracei
Tac...
Tá frio
Tic...
Tá quente
Tac...
Barulho chato
Tic...
Tá apertado
Tac...
Insatisfeito
Tic...
Fiquei curioso

Tac...
Cheiro bom
Tic...
Gosto ruim
Tac...
Bebi
Tic...
Comi
Tac...
Dormi
Tic...
Mordi
Tac...
Gritei
Tic...
Sussurrei
Tac...
Briguei
Tic...
Desculpei
Tac...
Cansei
Tic...
Energizei
Tac...
Compreendi
Tic...
Transei
Tac...
Tentei
Tic...
Envelheci
Tac...
Morri
Tic...
Vivi
Tac...
O barulho contínuo do relógio imortal, mas ainda será um simples
relógio
Tic...
O silêncio repentino de alguém mortal, contudo será mais do que
só uma simples pessoa
Tac...

Tic-Tac...
Tic-Tac...

Viva aos macacos!

Nem vivem tanto assim, mas os anos que passam são melhores do que os de seus parentes próximos, humanos... (como se os macacos ligassem para essa discussão de melhor e pior), sem pensar tanto, eles conseguem conviver entre eles. Não estão tão preocupados com o que os outros macacos pensam sobre eles, pois os mesmos, pensam quando precisam realizar suas atividades básicas (o problema do homem é que ele pensa demais sobre o que seria o básico pra ele).

Se cada macaco ficasse preocupado com o pensamento alheio ia dar numa macacada (humanizada nesse caso). E assim terminando por aqui... cada macaco no seu galho... mas pode dar uns pulinhos nos outros galhos pra macaquizar um pouco. (tentarei traduzir o trecho itálico final ao vocabulário humano: Você é você, viver em função dos outros e seus pensamentos não dá, mas viver bem com os outros é se apaixonar pela vida.)