Muito além de uma simples mudança de posições das letras,
brincando com o anagrama, pode-se dizer que esssas duas palavras
são mais intímas do que aparentam ser.
O Amor antes de conhecer Roma tinha mais liberdade e fluia na
interação entre os seres humanos, podemos considerar Jesus como
históricamente uma grande referência disso.
O Amor que ele pregava segundo as fontes históricas,
era carregado de leveza, sinceridade e sobretudo era compartilhado, tornando-se
o ser humano uma bela poesia, uma soma. Se para alguém faltava algo, alguma(s) outra(s)
pessoa(s) se in(en)tregavam disposto(s) a encaixar e completar aquilo tudo, era dar vida, era amar.
Roma "chegou", Jesus e o Amor "partiram". O Amor foi crucificado.
Como as coisas poderiam ser facilmente controladas, se com aquele
Amor não se existia uma hierarquia, poder e uma relação de dominação?
Já que tudo (ou quase tudo) podia se resolver através do diálogo, bom senso na tranquilidade.
Logo aquele Amor foi combatido veemente por Roma, que procurou o transformar
em algo mais métodico, previsível e banal até chegar nos dias atuais. Hoje ele vem
muitas vezes como um namoro em que as pessoas se preocupam em escolher alguém e tomar para si ou acabam formando relacionamentos por qualquer motivo ou até mesmo servindo como status para satisfazer princípios de algum grupo social ou alguma tendência.
Acho que nesse meio tempo de sua mudança, levaram o Amor para uma sala de cirurgia, abriram ele e encheram-o de egoísmo, medo, frustração e competividade... Tanto que o Amor hoje é requisitado, procurado e almejado, quando deveria ser fruto da leveza de algo plantado, molhado, protegido e cultivado, para que pudesse brotar e florescer numa linda
paisagem ou num belo jardim, pois não há no mundo uma só flor, muito menos um único Amor. É preciso para vivermos em harmonia, receber o oxigênio necessário para nós da natureza e não de uma única planta.
Por mais que o Amor tenha passado pelas mãos controladoras de Roma, há de sempre encontrar pessoas que discordam da nova roupagem que lhe foi concebida, pessoas que até podem ser mal vistas e compreendidas pelos outros que tentam novamente lhe crucificar. Por mais que cobrem namoros, casamentos e todos os "entos", "ismos" e "istas" que existem por ai... EU me dedico simplesmente a amar e ir até o infinito se preciso, para viver a leveza do Amor.
Um comentário:
superconcordo com o que vc escreveu!
sempre digo que sou ateu, mas me corrijo: "acredito no Amor"
haha!
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